Diante da falta de qualificação em diversas áreas com vagas abertas, empresários estão capacitando seu pessoal
São Paulo Os empresários brasileiros estão com dificuldades na hora da contratação. O problema não é o número de candidatos, mas a incompatibilidade de talentos. Estudo da Manpower, empresa mundial de recursos humanos, mostra que 64% dos quase mil entrevistados apontaram falta de profissionais adequados para preenchimento das vagas disponíveis, o segundo maior índice entre os 36 países pesquisados.
Escassez
Em sua primeira participação no levantamento, o Brasil aparece apenas atrás do Japão, que lidera o ranking de escassez de talentos com 76%. O índice nacional é 33 pontos porcentuais acima da média dos países, de 31% - um ponto acima do resultado do ano passado.
Para o diretor comercial da Manpower no Brasil, Pedro Guimarães, o número reflete o período atual de recuperação da economia, quando as empresas exigem outras qualidades que agreguem valor à organização.
O professor de gestão de pessoas do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, Marcus Soares, afirma que o resultado da pesquisa é coerente com a história do País. "Nos últimos dez anos crescemos abruptamente, mas ao mesmo tempo não demos valor a formação escolar. Por isso, temos um grande contingente de desempregados, um grande número de empregos, mas não conseguimos preencher essas vagas", avalia.
Investindo em casa
De acordo com Soares, como as companhias não encontram profissionais qualificados no mercado, elas acabam por investir na formação e aprendizado dos seus próprios funcionários.
A pesquisa também indicou as profissões com maior incompatibilidade entre a qualificação disponível e o perfil procurado. O topo do ranking brasileiro é ocupado pelos técnicos em produção, operações, engenharia e manutenção, principalmente os de nível médio. Os trabalhadores de ofício manual, como eletricistas e carpinteiros, aparecem em segundo lugar. Também foram citados: operários, engenheiros, profissionais de TI, contadores e profissionais de finanças, por exemplo.
Preparo
O diretor da Manpower pontua que as habilidades técnicas de um funcionário e sua experiência de trabalho continuam importantes no cenário atual, mas valem menos para as empresas do que o potencial para desenvolver e aprender coisas novas. "A dica para os candidatos é que invistam em sua capacidade e motivação para o aprendizado, além da flexibilidade para lidar com diferentes tarefas. Dessa maneira, empresas podem escolher candidatos ´treináveis´, pessoas que, se não têm todas as habilidades exigidas para determinado cargo, têm maior facilidade de assimilá-las que outras", aconselha.
São Paulo Os empresários brasileiros estão com dificuldades na hora da contratação. O problema não é o número de candidatos, mas a incompatibilidade de talentos. Estudo da Manpower, empresa mundial de recursos humanos, mostra que 64% dos quase mil entrevistados apontaram falta de profissionais adequados para preenchimento das vagas disponíveis, o segundo maior índice entre os 36 países pesquisados.
Escassez
Em sua primeira participação no levantamento, o Brasil aparece apenas atrás do Japão, que lidera o ranking de escassez de talentos com 76%. O índice nacional é 33 pontos porcentuais acima da média dos países, de 31% - um ponto acima do resultado do ano passado.
Para o diretor comercial da Manpower no Brasil, Pedro Guimarães, o número reflete o período atual de recuperação da economia, quando as empresas exigem outras qualidades que agreguem valor à organização.
O professor de gestão de pessoas do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, Marcus Soares, afirma que o resultado da pesquisa é coerente com a história do País. "Nos últimos dez anos crescemos abruptamente, mas ao mesmo tempo não demos valor a formação escolar. Por isso, temos um grande contingente de desempregados, um grande número de empregos, mas não conseguimos preencher essas vagas", avalia.
Investindo em casa
De acordo com Soares, como as companhias não encontram profissionais qualificados no mercado, elas acabam por investir na formação e aprendizado dos seus próprios funcionários.
A pesquisa também indicou as profissões com maior incompatibilidade entre a qualificação disponível e o perfil procurado. O topo do ranking brasileiro é ocupado pelos técnicos em produção, operações, engenharia e manutenção, principalmente os de nível médio. Os trabalhadores de ofício manual, como eletricistas e carpinteiros, aparecem em segundo lugar. Também foram citados: operários, engenheiros, profissionais de TI, contadores e profissionais de finanças, por exemplo.
Preparo
O diretor da Manpower pontua que as habilidades técnicas de um funcionário e sua experiência de trabalho continuam importantes no cenário atual, mas valem menos para as empresas do que o potencial para desenvolver e aprender coisas novas. "A dica para os candidatos é que invistam em sua capacidade e motivação para o aprendizado, além da flexibilidade para lidar com diferentes tarefas. Dessa maneira, empresas podem escolher candidatos ´treináveis´, pessoas que, se não têm todas as habilidades exigidas para determinado cargo, têm maior facilidade de assimilá-las que outras", aconselha.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=793030