Emprego na indústria freia em abril e fica estável em relação a março, diz IBGE
Apesar da retomada recente da produção da indústria, o emprego no setor ainda patina.
Em abril, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria ficou
estável na comparação livre de influências típicas de cada período
(sazonais) com março, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) divulgada nesta quarta-feira (12).
O dado mostra uma freada do emprego em abril, após variação positiva de
0,2% em março. Em fevereiro, o índice também havia sido estável.
Na comparação com abril de 2012, o emprego no setor teve queda de 0,5%.
Foi o 19º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação,
segundo o IBGE.
Para o instituto, porém, a tendência de retração nas contratações tem
sido atenuada a cada mês. O tombo de abril foi o menos intenso desde
janeiro do ano passado (-0,4%).
Diante desses resultados, o índice acumulado para o primeiro
quadrimestre de 2013 registrou queda de 0,9%, também num ritmo mais
brando do que o do o último quadrimestre de 2012 (-1,4%).
No acumulado dos últimos doze meses, a retração foi de 1,3% até abril de 2013.
PRODUÇÃO
O emprego na indústria, ao contrário da produção -- que registrou alta de 1,8% em abril,
surpreendendo o mercado pela sua magnitude e espalhamento por vários
setores-- não reagiu diante da ainda combalida confiança de empresários.
Estes, por sua vez, costumam aguardar uma recuperação mais segura e
estável do setor e da economia antes de contratarem, principalmente em
meio a um cenário de crise em grandes mercados de exportação para a
indústria brasileira, como Argentina e Europa, e de consumo doméstico
enfraquecido.
Na alta da produção em abril, o grande destaque foram os bens de investimento (bens de capital).