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"O desempenho de uma empresa é baseado em soluções e problemas, se for um problema, tem solução! Se não tem solução, então não deve ser um problema. Não existe um caminho novo. O que existe de novo é o jeito de caminhar e é bom saber que a gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente enxerga de longe, e saber administrar essas situações é o que caracteriza um comportamento otimista e de prosperidade."

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

DEU NO JORNAL...MANTENHA-SE INFORMADO!

Exportação para MPEs facilitada

Instrumento suspende tributação sobre compra de insumos usados na produção de bens vendidos para o exterior
Brasília. Para facilitar o acesso de pequenas e médias empresas a mecanismos de desoneração de exportações, o governo publicará nas próximas semanas uma portaria simplificando e unificando as modalidades do chamado drawback, instrumento que suspende a tributação sobre a compra de insumos utilizados na produção de bens vendidos para o exterior.
Após amargar em 2009 a maior queda nas exportações dos últimos 60 anos, quando o volume do comércio passou a ser registrado, o governo apontou como prioridade a recuperação de importantes mercados perdidos durante a crise global, como os Estados Unidos e a Europa. Além da demanda retraída, os exportadores brasileiros de produtos manufaturados têm enfrentado dificuldade para competir com outros países por causa do câmbio valorizado e da alta incidência de tributação nos embarques.
Nesse cenário, a primeira medida para dar mais fôlego às empresas no comércio exterior na prática ampliará a utilização de um mecanismo já existente, que em média reduz em 17,5% o custo das mercadorias brasileiras. "Atualmente apenas 25% das firmas exportadoras utilizam o benefício, sobretudo as maiores", afirma o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral. Segundo ele, o mecanismo já vem sendo implantado há alguns anos para desonerar o setor exportador na aquisição de matérias-primas, peças e componentes importados e, desde 2008, é aplicado na compra de insumos nacionais.
Mas a modalidade conhecida como "drawback verde e amarelo" exigia que parte do insumo das empresas fosse adquirida de fornecedores estrangeiros.
A partir de agora as modalidades serão unificadas, e as restrições, que também impediam a utilização do instrumento por parte do setor agrícola, serão extintas. "A medida vai simplificar a utilização por parte de empresas médias, que não precisarão mais criar um departamento de exportação para lidar com essa burocracia", disse.

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Fonte:Diario do Nordeste(http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=716350)

NE continua a impulsionar o consumo de cimento em 2010

Boom da construção, alta do poder de compra da baixa renda, obras públicas e Copa vão man- ter elevada a demanda

Já aquecido no ano passado, o consumo de cimento no Nordeste deve ser ainda maior em 2010. O boom da construção civil - impulsionada pelo Minha Casa, Minha Vida e pela facilidade de crédito imobiliário privado para a classe média -, o aumento do poder de compra da população de baixa renda, a concretização de obras públicas - algumas contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - e o início de projetos para a Copa do Mundo manterão elevada a demanda pelo insumo, segundo avaliam os representantes do setor de construção civil no Estado.
"Apenas para construir 52 mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida no Ceará, vamos consumir sete milhões de sacas de cimento em dois anos", comenta André Montenegro, vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Construção Civil do Estado (Sinduscon-CE). A execução do programa federal de habitação no Estado demandará, ainda, 140 milhões de tijolos. "Fora isto, há o consumo da população, chamado formiguinha", diz.
Embora seja abastecido por três cimenteiras, o mercado nordestino cresce, em alguns estados, de forma mais intensa e mais rápida do que a capacidade das indústrias. "Encerramos 2009 com crescimento superior a 6% no Nordeste, o que representa a comercialização de quatro milhões de toneladas de cimento na região", afirma Marcelo Chamma, diretor comercial da Votorantim - uma das dez maiores empresas mundiais de cimento, concreto e agregados.

Abastecimento
De acordo com Otacílio Valente, presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE), o mercado cearense está com problemas pontuais no abastecimento de cimento. Além de 3.800 obras do governo estadual em andamento, há a perspectiva de que comecem este ano os projetos para a Copa do Mundo, como a reforma do Estádio Plácido Castelo (Castelão), cujo edital de licitação deve sair esta semana, marcando a primeira parceria público privada do Estado.
A situação se repete no Rio Grande do Norte e em Pernambuco, onde o boom da construção de parques eólicos e de empreendimentos privados, respectivamente, deve se manter por todo este ano - destaca Ricardo Nóbrega Teixeira, do Sinduscon-CE. "O leilão exclusivo de energia eólica deve ampliar essa demanda", diz.
"Hoje, a gente está com problema para atender a tempo e a hora. Mais por falta de transporte do que dos nossos produtos", contrapõe Francisco Carlos da Silveira, gerente institucional da Votorantim para o Nordeste.
Para Chamma, o setor de construção civil nordestino não deve se preocupar com problemas de abastecimento de longo prazo. "As indústrias têm como se organizar para atender esta demanda crescente, como nós da Votorantim fizemos desde 2007, com nosso plano de expansão, que prevê mais duas unidades de produção até 2011. O problema é o salto no curto prazo. Janeiro, por exemplo, é um mês que nos preocupa", diz.
O diretor comercial da Votorantim acrescenta que a empresa está conversando com os Sinduscons da região para tentar soluções específicas a cada estado. "Temos 21 fábricas espalhadas pelo Brasil. Podemos fazer operações-ponte de uma para a outra e até importar cimento, se a construção civil nos informar as suas necessidades com antecedência", argumenta.

Demanda
7 mi de sacas de cimento serão consumidos em dois anos para construir as 52 mil unidades habitacionais do programa federal Minha Casa, Minha Vida

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"FORMIGUINHA"

Baixa renda puxa vendas no Ceará
Aumento do salário mínimo e programas de transferência de renda influenciaram o consumo da população
O crescimento de 6% da Votorantim Cimentos no Nordeste foi impulsionado pelos estados do Ceará, Maranhão e Piauí. "O consumo regional é fortemente influenciado pela demanda da população de baixa renda, que compra o produto direto dos depósitos", reforça o diretor Marcelo Chamma. Desta forma, fatores como o aumento do salário mínimo e os programas sociais de transferência de renda acabam influenciando o chamado consumo formiguinha.
Na região Sudeste, a empresa registrou queda de 3% em 2009. De acordo com o executivo, o mercado cearense tem uma peculiaridade: enquanto a média nacional de compra de cimento direto pelas construtoras é de 10%, aqui chega a 12%. O consumo local chega a 150 mil toneladas/mês.
A Votorantim Cimentos conta com duas unidades no Ceará. Uma em Sobral, com capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas/ano (ou 30 milhões de sacos de 50Kg/ano) e uma no Pecém, para moagem de 300 mil toneladas/ano.
A Cearense, unidade de Sobral, abastece os mercados do Ceará, Piauí, Maranhão e sul do Pará. Com mais de 550 funcionários diretos e indiretos, está entre as mais modernas da companhia, operando com tecnologia de ponta e sistemas inteligentes de produção de dois tipos de cimento, o CP II Z 32 e o CP II F.
A unidade do Pecém iniciou as operações no fim de 2008 e gera 300 postos diretos e indiretos. Faz parte do plano de expansão da capacidade produtiva que a companhia realizará até 2011, com investimentos superiores a R$ 2 bilhões. Deste montante, R$ 400 milhões corresponderam às unidades do Pecém (CE) e Aratu (BA) - já inauguradas -, além da de Baraúnas, no Rio Grande do Norte, que deverá produzir mais de 500 mil toneladas de cimento e argamassas em 2011. (SC)

Fique por dentro
Consumo per capita
Apesar da recuperação recente da indústria cimenteira nacional, o consumo per capita do insumo no Brasil ainda é baixo em relação a outros países. Não passa de 272kg por habitante, o mesmo número que os Estados Unidos consumiam na década de 20, de acordo com informações do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Um dos maiores entraves do setor é a deficiência no transporte rodoviário, em decorrência da situação das estradas. Conforme o SNIC, também se trata de um setor que utiliza muito energia elétrica e petróleo.
Ainda de acordo com a entidade, estima-se que o setor de agregados (areia, cascalho, brita etc) cresça por ano entre 4% e 4,5% entre 2011 e 2014. A demanda deve ser puxada pelos projetos para a Copa, as Olimpíadas, o PAC e a continuidade dos programas habitacionais.
Fonte: Diario do Nordeste (http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=716364)