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"O desempenho de uma empresa é baseado em soluções e problemas, se for um problema, tem solução! Se não tem solução, então não deve ser um problema. Não existe um caminho novo. O que existe de novo é o jeito de caminhar e é bom saber que a gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente enxerga de longe, e saber administrar essas situações é o que caracteriza um comportamento otimista e de prosperidade."

quarta-feira, 4 de julho de 2012

PREÇO DO IMOVEL PRONTO DESACELERA

Perda de fôlego ocorre em junho no índice em 12 meses pelo 10º mês, diz FipeZap

SÃO PAULO - O mercado de imóveis prontos, novos e usados, está aterrissando nas principais capitais do País, depois do boom registrado em 2010 e 2011. Pelo décimo mês consecutivo, em junho a variação do preço do m² acumulada em 12 meses perdeu força. No mês passado, as cotações médias tiveram alta de 18,4%, entre maio de 2011 e junho deste ano. É uma queda de 1,5 ponto porcentual em relação ao resultado de maio, aponta o Índice FipeZap.

A desaceleração também está retratada nos resultados deste ano. Entre janeiro e junho, o preço médio do m² subiu 7,4%, praticamente a metade da valorização observada em igual período de 2011 (14,6%). O indicador reúne informações dos preços do m² dos imóveis prontos, principalmente usados e também novos, exceto lançamentos, em seis regiões metropolitanas e no Distrito Federal. As informações são coletadas em anúncios na internet.
"Dificilmente teremos a euforia de preços de anos anteriores. A tendência de aumentos menores de preços deve continuar e o mercado deve ficar mais equilibrado", afirma o coordenador do indicador, o economista Eduardo Zylberstajn.
Entre os principais fatores apontados pelo economista para a perda de fôlego dos preços é a ausência de mudanças radicais nas regras de financiamento daqui para frente, como alongamento de prazos e a redução de taxas de juros, ocorridas nos últimos anos. Em 2006, exemplifica, a taxa de juros para a compra de imóveis era de 26% ao ano e o prazo médio de quatro anos. Hoje, os juros são 10% ao ano e o prazo médio está em 15 anos.
Além disso, o economista lembra que outro fator que tem ajudado a moderar a alta de preços é o aumento da oferta de imóveis. "Hoje está sendo colocado no mercado para venda um grande volume de produtos, lançados dois anos atrás, quando a conjuntura econômica era completamente diferente."

Roseli Hernandes, diretora da imobiliária Lello, com forte atuação na cidade de São Paulo, conta que a sua empresa realizou pela primeira vez uma espécie de liquidação de imóveis usados no mês passado. Os descontos variaram entre 10% e 30%. "Foram cerca de 600 imóveis com abatimentos colocados à venda." Ela observa que o esforço foi retirar as "gordurinhas" de preços na hora de negociar.

Depois que as construtoras revisaram para baixou as projeções e reduziram os lançamentos, Roseli diz que os preços dos imóveis usados ficaram menos agressivos. "O mercado colocou o pé no chão." É que normalmente, explica ela, a tendência é de o dono do imóvel usado balizar o preço pedido levando em conta a cotação do m² de algum lançamento na vizinhança.