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"O desempenho de uma empresa é baseado em soluções e problemas, se for um problema, tem solução! Se não tem solução, então não deve ser um problema. Não existe um caminho novo. O que existe de novo é o jeito de caminhar e é bom saber que a gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente enxerga de longe, e saber administrar essas situações é o que caracteriza um comportamento otimista e de prosperidade."

terça-feira, 14 de agosto de 2012

SUSTENTABILIDADE!!!

A sustentabilidade da engenharia brasileira

Quando o assunto é inovação tecnológica no automóvel, a primeira pergunta que surge é sobre a origem do projeto. Em geral a ideia reinante é a de que novidades são sempre criadas lá fora.

A boa notícia é que, atualmente, já é possível afirmar que, na indústria automobilística, algumas matrizes reconhecem que a engenharia de suas filiais é capaz de desempenhar um papel mais relevante no contexto global.

Os fatos mostram que, sempre que desafiadas, as nossas operações locais responderam com equipes de engenharia de alto gabarito, formadas por profissionais especializados para atender a um mercado crescente e ávido por novidades.

Para ficar no exemplo clássico, a história do desenvolvimento do motor bicombustível para o automóvel foi escrita pela engenharia local desde que o País se engajou no projeto de expansão do uso veicular do etanol. Consagrada pelo mercado, praticamente a totalidade dos veículos produzidos aqui usa essa motorização.

Dito assim pode parecer simples, mas trata-se de um processo longo e minucioso, de inúmeras fases e elevados investimentos. No caso aqui citado, começamos com o suporte ao desenvolvimento de fornecedores, adaptação às condições locais e, na fase seguinte, intercâmbio de pessoal técnico, até chegarmos aos centros locais de desenvolvimento tecnológico de engenharia, hoje integrados globalmente e em condições de liderar projetos mundiais.

Competências à parte, a pergunta que fica é: - Poderá essa atividade local se sustentar no médio e longo prazo? As políticas atuais para o setor automotivo brasileiro serão suficientes para a promoção da competitividade da nossa engenharia?

Para debater sobre a competitividade da engenharia brasileira no cenário mundial e sobre os entraves à sua sustentabilidade, e detalhar os cases de sucesso no desenvolvimento local de tecnologia, o painel Veículos Leves do Congresso SAE BRASIL convidou lideranças da indústria brasileira, dia 2 de outubro, em São Paulo.

Para a comunidade da engenharia, a reflexão sobre todas essas questões é algo urgente e necessário.

Jomar Napoleão é diretor do comitê Veículos Leves do Congresso Sae Brasil